O nome científico pode soar sofisticado, mas o problema é bem conhecido por agricultores, ambientalistas e gestores públicos: o Sus scrofa, o javali, é hoje uma das maiores pragas ambientais e agropecuárias do Brasil.
O Sus scrofa é originário da Europa, Ásia e Norte da África. No Brasil, ele foi introduzido no final dos anos 1990, de forma legal, para criação comercial, com a promessa de carne exótica e forte resistência. Mas a realidade foi bem diferente.
Com o tempo, muitos javalis escaparam ou foram soltos deliberadamente, o que permitiu que a espécie se adaptasse rapidamente ao ambiente brasileiro — sem predadores naturais, com alimento abundante e espaço de sobra.
A resposta está no impacto devastador que esses animais têm sobre o meio ambiente, a agropecuária e até a saúde pública:
Grupos de javalis reviram lavouras inteiras em poucas horas.
Comem, pisoteiam e destroem plantações de milho, mandioca, batata, cana e outros cultivos.
Prejuízos severos a pequenos e grandes produtores rurais.
Competem com animais silvestres por alimento e habitat.
Se alimentam de ovos, filhotes e até pequenos vertebrados.
Destroem o solo e a vegetação nativa com seu hábito de escavar.
Podem transmitir doenças como febre aftosa, leptospirose, brucelose e peste suína, ameaçando rebanhos e até humanos.
Muitos javalis no Brasil cruzaram com porcos domésticos soltos, criando o chamado javaporco — ainda mais agressivo e adaptado.
Diante do avanço descontrolado da espécie, o IBAMA declarou oficialmente o Sus scrofa como espécie exótica invasora e nociva, sendo classificada como praga em território nacional.
Desde 2013, está autorizada a gestão da espécie por meio de controle populacional, o que inclui o abate controlado, dentro de regras técnicas e ambientais. A justificativa: proteger o meio ambiente, os produtores rurais e a saúde pública.
O controle do javali no Brasil é um desafio que exige ações conjuntas de órgãos ambientais, produtores, caçadores legalizados e pesquisadores. Não se trata de uma caça predatória, mas de um esforço estratégico para reduzir o impacto de uma espécie que nunca deveria ter escapado ao controle humano.
O Sus scrofa é um exemplo clássico de como uma introdução mal planejada de espécie exótica pode se transformar num problema nacional. O javali deixou de ser promessa de mercado para virar sinônimo de prejuízo e desequilíbrio. E hoje, controlar essa praga não é opção — é necessidade.
⚠️ A caça só é permitida de forma legalizada e responsável.
Seja um caçador autorizado, atue com ética, segurança e respeito à legislação ambiental.
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O Clube de Caça ao Javali é formado por pessoas comprometidas com o controle ambiental, com treinamentos, equipamentos adequados e regularização junto aos órgãos competentes e toda assessoria necessária para que você seja parte da solução!
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